O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal em Mato Grosso (Sindijufe-MT) marcou presença em audiência pública realizada em Brasília, que debateu o papel da Justiça nas relações do trabalho e os desafios enfrentados pelo sistema judiciário diante dos ataques e retrocessos que atingem o serviço público e os direitos trabalhistas no Brasil.
O evento foi organizado pela Associação dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais da Justiça do Trabalho da 2ª Região (Aojustra) e reuniu nomes de destaque do Judiciário e do serviço público, entre eles o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Luiz Philippe Vieira de Mello Filho; o presidente do TRT da 2ª Região, desembargador Valdir Florindo; e o conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e juiz do TRT-15, Guilherme Feliciano, além de representantes do Ministério Público do Trabalho (MPT) e entidades sindicais nacionais.
O Sindijufe-MT foi representado pelo coordenador Luís Cláudio, que acompanhou o debate e destacou a importância da iniciativa para reforçar o papel social da Justiça do Trabalho e a necessidade de proteger o trabalho humano como um valor essencial.
“A Justiça do Trabalho vem sendo atacada há anos por todas as instâncias e esferas. A proteção do trabalho humano, eu acredito, é dever e responsabilidade do Estado. Por exemplo, os ataques com a pejotização representam uma zona cinzenta nas relações de trabalho. Essa audiência pública foi de total importância, pois trouxe dados e discussões fundamentais sobre o futuro da Justiça do Trabalho”, afirmou o coordenador do Sindijufe-MT, Luís Cláudio.
Durante o encontro, a coordenadora da Fenajufe, Samanta Pinheiro, também destacou os seguidos ataques que os servidores do Judiciário Federal vêm sofrendo nos últimos anos, vindos da imprensa, do parlamento e de setores que propagam informações inverídicas sobre a atuação da Justiça do Trabalho. Ela ressaltou que, apesar disso, os servidores mantêm-se firmes em sua missão, atuando ao lado da população que busca na Justiça o último espaço de proteção de seus direitos.
Samanta reforçou ainda a necessidade de retomar a essência civilizatória da Justiça do Trabalho e lembrou que o Brasil, como signatário das normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), tem o dever de proteger o trabalho humano como valor e não como objeto de exploração.
Entre os temas debatidos estiveram a asfixia orçamentária do Poder Judiciário Federal, os cortes de gastos, o congelamento de concursos públicos, o fechamento de unidades e a redução de quadros administrativos, fatores que comprometem o funcionamento e o alcance social da Justiça do Trabalho.
Ao final do encontro, prevaleceu a defesa de que o debate vai muito além da organização administrativa: trata-se de garantir se o Brasil continuará tendo um sistema de Justiça capaz de alcançar quem mais precisa ou se deixará a população à própria sorte.
O Sindijufe-MT reafirma seu compromisso com a defesa da Justiça do Trabalho, do serviço público e dos direitos dos trabalhadores, atuando em conjunto com a Fenajufe e demais entidades representativas em todo o país.
Texto: Assessoria de imprensa e comunicação Sindijufe-MT